Em 2015 comprei minha primeira câmera analógica, foi amor a primeira vista, o jeito que ela encaixava na minha mão, a textura e cores das fotos reveladas, a delicadeza do negativo, os erros extraordinários e aleatórios que só uma analogia consegue te proporcionar, me apaixonei cegamente. 

 

Com o audiovisual foi um primeiro encontro de frio na barriga, mas a vontade de criar e expandir as fotos para imagens em movimento falou mais alto e desde a primeira experiência dirigindo sets me apaixonei por criar universos e histórias.  Como diretora me sinto juntando todas as peças do quebra cabeça e criar algo único, meu. 

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O encontro com o corpo foi quando ainda era adolescente e dançava, performava, usava do corpo pra me comunicar. Tive um problema sério de coluna e tive que parar tudo que fazia, a arte me reencontrou na fotografia mas a vontade de falar de corpos ainda estava ali em algum lugar. Em 2018 lanço meu primeiro projeto de nu "Pele Concreto". Ao passar dos anos o nu foi se mostrando muito amplo pra mim e tomando várias frentes, deixou de ser só um projeto e se tornou uma linguagem dentro do meu trabalho.

 

Gosto de pensar no corpo como múltiplo, e explorar suas diversas sombras, ângulos, e as varias maneiras de um corpo interagir com um ambiente. É como uma dança, a minha lente, o ambiente e o corpo. Hoje em dia tenho preferencia em fotografar grandes grupos e trabalhar a composição e cenários. 

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​Sigo trabalho com audiovisual, dirigindo videoclipes de bandas autorais e fotografando sets de longa-metragens e documentários ao redor do Brasil.​

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